quarta-feira, 10 de outubro de 2007

PEDAGOGIA DA SOCIOEMANCIPAÇÃO


O IDP, Instituto Nacional de Desenvolvimento Profissional, do qual sou Vice-presidente é uma Organização Não Governamental (ONG) que tem como um dos principais focos o trabalho de capacitação, reabilitação e profissionalização do jovem. Desde sua criação, em março de 1998, a organização vem atuando em diversas áreas com o objetivo de desenvolver a inclusão social e ambiental nos mais diversos segmentos do terceiro setor, buscando melhores resultados e promovendo novas parcerias para realização de projetos. Entendendo a lógica do mercado que rege as relações sociais e que configuram o panorama político atual, a equipe do IDP desenvolveu a pedagogia da socioemancipação. Ela propõe atender às necessidades terapêuticas dessa população e desenvolver a capacidade de emancipação para reestruturar a configuração política moderna. A pedagogia da socioemancipação é capaz de articular as possibilidades de uma vida social mais adequada ao mesmo tempo em que dá ferramentas de superação da arbitrariedade, da repressão e da barbárie. Esta pedagogia busca uma sociedade mais justa numa defesa declarada dos direitos à dignidade, à auto-estima, à aceitação da diferença. Juntamente com os excluídos é organizada e sem eles não existe. É uma pedagogia que abre o caminho para a emancipação dos excluídos de nosso tempo. Desenvolvemos esta nova pedagogia por que acreditamos que as medidas socioeducativas deveriam ser revitalizadas. Precisariam ganhar uma nova vida, novos tipos de relacionamento, novas oportunidades e condições educativas para oferecer aos adolescentes. Deveriam ter um clima novo, uma ambiência favorável, uma cara inovadora se pretendiam verdadeiramente gerar um autêntico processo de educação para a vida. A pedagogia da socioemancipação possibilita o desenvolvimento da autonomia (capacidade de decidir segundo as suas crenças, valores, pontos de vista e interesses); sua solidariedade (capacidade de atuar como solução e não como problema em questões relativas ao bem comum); sua competência (desenvolvimento de competências pessoais, relacionais, produtivas e cognitivas). As condições (subjetivas e objetivas) necessárias à emancipação do adolescente deve ter uma abordagem auto-compreensiva, orientadora para a valorização dos aspectos positivos de sua personalidade, do auto-conceito, da auto-estima e da autoconfiança necessárias à superação das suas dificuldades. É isso o que o IDP quer fazer das medidas socioeducativas, inovar, propor, e fazer com que o adolescente possa sentir-se responsável por sua própria vida, não dentro de uma unidade de atendimento socioedaucativo, mas sim fora dele, na sociedade, na própria vida.