quinta-feira, 11 de junho de 2009

AULA PRÁTICA DE CINEANTROPOMETRIA

LACTATO
- O piruvato produzido na glicólise anaeróbica pode ir para a mitocôndria através da piruvato desidrogenase (PDH) ou ser convertido em lactato pela LDHm (lactato desidrogenase do tipo muscular).
- A frequência da contração muscular é que determina a demanda de ATP. Quando essa demanda de ATP aumenta, o fluxo de glicose na via glicolítica aumenta também, elevando a produção de piruvato.
- Se o músculo possuir alto índice mitocondrial ( e muita piruvato desidrogenase), o piruvato é convertido em Acetil CoA, entra na mitocôndria, e pouco lactato se produz. O metabolismo de gordura não produz lactato.
- Se o exercício aumenta, aumenta a produção de piruvato, a competição entre LDH e PDH faz com que comecem a ser produzidas grandes quantidades de lactato. Nesse momento de esforço são recrutadas fibras rápidas que possuem poucas mitocôndrias e produzem muito lactato.
- O lactato produzido é convertido em piruvato ao entrar na neoglicogênese (fígado).
- A acidose metabólica celular no músculo reduz a capacidade de produção de força por inibição das proteínas contráteis e promove inibição de PFK ( fosfofrutoquinase) que é necessária para a ressíntese de ATP na via glicolítica.

LIMIAR ANAERÓBICO
Segundo KATCH and McARDLE, 1992, durante o exercício com rítmo estável, o O² suficiente é fornecido para e utilizado pelos músculos ativos. Nessas condições o ácido láctico não ultrapassa os valores de repouso. Entretanto, se o metabolismo aeróbico for insuficiente, a glicólise anaeróbica contribui para as demandas energéticas e forma-se o ácido láctico.
Quase todo o ácido láctico gerado durante o metabolismo anaeróbico é tamponado no sangue pelo bicabornato de sódio e o dióxido de carbono liberado nessa reação de tamponamento é expelido na atmosfera à medida que o sangue venoso penetra nos pulmões. Essa acidose metabólica é chamada de LIMIAR ANAERÓBICO, ou seja, é a capacidade máxima de absorção de O² durante cargas de resistência (Weineck,1989).
Ele pode ser identificado em exercícios submáximos da seguinte maneira:
- Um aumento no ácido lático sanguíneo (amostras de sangue);
- Uma redução correspondente no pH sanguíneo (amostras de sangue);
- Um aumento na relação das trocas respiratórias (R) devido a liberação do "excesso"de CO² no processo de tamponamento (análise da troca respiratória);
- Um desvio na linearidade da relação entre consumo de O² e ventilação devido ao poderoso estímulo ventilatório proporcionado tanto pelo aumento na acidez quanto pela liberação de CO² através do tamponamento (mensuração contínua da ventilação durante o exercício).
Conceitualmente, (LA) é definido como nível de trabalho acima do qual começa a se acumular o lactato na musculatura impedindo a continuação da atividade.Segundo MacArdle, o (LA) ocorre entre 50 a 60% do VO² Máx. nos indivíduos sedentários ou não condicionados. Nos atletas e bem condicionados o (LA) situa-se acima dos 70% do VO²Máx. Sendo assim, o método mais confiável é através da medida direta do lactato sangüíneo com a coleta de sangue após estímulos progressivos. Só que este é um método relativamente caro e trabalhoso.